quinta-feira, maio 30, 2024

Deus está manifesto no amor!

 A Doutrina Espírita nos trouxe Deus de volta! Não um Deus que pode ficar detido nas paredes de uma religião, de qualquer religião! Não um Deus nacional! Mas esse Deus das galáxias, esse Deus Sideral, esse Deus que perfuma uma flor, sorri nos lábios de uma criança que passa e aureolado na cabeça encanecida de um ancião nos fala de elevação, respeito e dignidade! Esse Deus que nos sensibiliza a alma e do qual apesar de todas as definições filosóficas, a uma melhor definição que se lhe deu fluiu dos lábios de Jesus: "Meu Pai!".

A paternidade Divina e a fraternidade universal um dia governarão a Terra pelo código do amor. Porém, quando desejamos ser amados somos crianças espirituais, atingimos a maioridade quando amamos; mas quando amamos sem pedir, quando amamos dando, ofertando, doando-nos, porque o amor que doa objetos estranhos não ama, negocia com a Divindade, mas o amor que se dá revela Deus e faz a criatura co-criadora na obra da criação. Doar-se! A dor realmente espalhou-se na face da Terra, mas isso aconteceu porque o homem voltou-se para dentro de si mesmo e fez-se egoísta. A Doutrina Espírita, patrocinando a causa Fora da Caridade não há Salvação, conclama-nos todos à solidariedade universal: um sorriso, um aperto de mão, um gesto fraterno, uma palavra gentil, um copo d'água fria, um naco de pão, um prato de sopa, um vidrinho de medicamento, um retalho de pano que seja, mas sobretudo um ato de dignidade perante si mesmo, porque a caridade sempre é maior para aquele que se dignifica pela transformação espiritual para melhor. 

Então Deus abandona as galáxias, nele pulsa, neste ser renovado se agita, e ele, emocionado, se ergue e brada como Adélio Neves : "Eu creio em Deus, porque Deus está dentro de mim!"



Reencontro com Deus

Deus,
Passei tanto tempo te procurando, não sabia onde estavas.
Olhava o infinito, não te via e pensava comigo mesmo:
"Será que Tu existes?" Não me encontrava na busca e prosseguia. Senti-me só e desesperado. Te descri.
Na descrença Te ofendi.
Na ofensa, tropecei e caí.
Na queda, senti-me fraco.
Na fraqueza, pedi socorro.
No socorro, encontrei amigos.
Nos amigos encontrei carinho.
No carinho, vi nascer o amor.
Com o amor vi um mundo novo.
No mundo novo, resolvi doar.
Doando, recebi.
Recebendo, me senti feliz.
Feliz, encontrei a paz.
E com paz, foi que te enxerguei.
Pois dentro de mim Tu estavas.
E sem Te procurar... foi que Te encontrei.

Adélio Neves  JUNIOR, Eliseu F. da Mota. Que é Deus? São Paulo: Casa Editora O Clarim, 1997. 

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