Apesar de estar afastada (um pouco) do espiritismo, não quero esquecer o que realmente vale a pena. Para quem tem simpatia pelo espiritismo, apresento um dos ensinamentos de Jesus, dos mais simples e que muitas religões respeitam: A oração do Pai Nosso
"Pai nosso que estáis no céu, santificado seja o vosso nome. Venha a nós o vosso Reino.Seja feita a vossa vontade, assim na Terra como nos céus. O pão nosso de cada dia dai-nos hoje. Perdoai as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos de todo o mal.Assim seja". (Mateus, 6:9-13).
"Pai nosso que estáis no céu, santificado seja o vosso nome. Venha a nós o vosso Reino.Seja feita a vossa vontade, assim na Terra como nos céus. O pão nosso de cada dia dai-nos hoje. Perdoai as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos de todo o mal.Assim seja". (Mateus, 6:9-13).
A oração dominical é, sem dúvida, o mais perfeito modelo de prece que poderia ser concebido.
Concisa, simples e clara, "ela resume-como diz Alan Kardec-todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo. Encerra uma profissão de fé, um ato de adoração e de submissão, o pedido das coisas necessárias à vida e o princípio da Caridade".
Pena que muita gente ao recitá-la em seus exercícios devocionais, não procuram compreender a profunda significação de seu contexto, nem se aperceba das normas de bem viver que ela prescreve a todos.
Detenhamo-nos, pois, na análise de tão sublime oração, meditando um pouco sobre cada uma das partes que a compõe.
"Pai nosso que estais no céu, Santificado sejs o vosso nome".
A noção que tenhamos de Divindade, reflete-se, invariavelmente, no nosso modo de agir.
Nos primórdios das civilizações, os homens faziam dos deuses um conceito mais ou menos uniforme, tomando-os por potências iradas, as quais era preciso agradar com a oferta de presentes, não só para desviar os dardos de seu furor, como também para granjear-lhes seus favores e, com sua ajuda, conseguirem saúde, bem-estar e prosperidade.
Tais oferendas, a princípio, consistiam de frutos, depois passaram a ser oferecidos animais, que os próprios sacerdotes degolavam, sendo que em muitos povos introduziu-se por fim, o costume horrível de sacrificar criaturas humanas, especialmente crianças e mocinhas.
Abrimos o Velho Testamento e o Deus que ali deparamos-Jeová, o Senhor dos Exércitos, também se nos apresenta como um ser faccioso, violento, iníquo e vingativo, eis que "escolhe para si um povo no meio das nações", cumulando0-o de graças, enquanto que os demais só faz conhecer desgraças; que ordena as mais cruentas matanças, inclusive de crianças e de animais; que aconselha pilhagens dignas dos piores bandoleiros e ameaça com pragas repugnantes todos quanto não lhe atendam as determinações.
Com tais idéias a respeito da Divindade, os homens de então não poderiam mesmo ser melhores, e daí o darem vazão a seus instintos brutais, serem implacáveis em seus resentimentos e mostrarem-se impiedosos para com os inimigos.
Um dia, porém, o Cristo desce à Terra e nos fala de um Deus diferente. Um Deus infinito em suas perfeições, cuja onisciência e onipotência manifestam-se através de Leis imutáveis e sábias qye regem a criação; um Deus sem favoritismo de espécie alguma; um Deus bastante amigo para compreender nossas fraquezas e bastante inteligente para saber corrigí-las e não apenas castigá-las; um Deus que não quer pereça uma só alma, mas que todas se salvem e participem da sus Glória; um Deus, enfim, que podemos dirigir-nos confiantemente, chamando-o pelo doce nome de PAI.
Notemos, entretanto, que ao ensinar-nos a chamar-lhe de Pai a Nosso, Jesus deixa claro ser Ele pai de toda a grande famíla humana, e não apenas de alguns poucos escolhidos.
Contrariamente, portanto, ao ensino de certas religiões, são filhos de Deus todos os homens espalhados por todas as longitudes e latitudes do globo; de todas as raças e civilizações; de todas as classes e de toda a fé: católicos e protestantes, espíritas e budistas, mulçumanos e judeus, rosacrucianos e fetichistas, a até os ateus, apesar de pecadores, apesar de transviados, porque todos, absolutamente todos, são amados por Ele com igual e paternal solicitude e hão de ser procurados e salvos pelo Divino pastor: Nosso Senhor Jesus Cristo.
Por isso, ó Deus, porque sóis todo amor e bondade, justiça e misericórdia, seja o vosso Santo nome bendito e louvado por toda a Terra, assim como por todo o universo, nos astros mais remotos, nos espaços incomensuráveis, onde quer que a vida, que provém de vós se hja manifestado, pois não há quem não pressinta a vossa existência e o fim ditoso para que nos criastes.
Fonte: CALIGARIS. Rodolfo. O Sermão da Montanha.
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